Veneza é uma daquelas cidades saída de um conto mágico. A cidade dos doges nasceu num aglomerado de ilhas, separadas por canais, no meio da lagoa de Veneza, alimentada pelas águas do mar Adriático.
Mais de 30 milhões de turistas passam por Veneza durante o ano e as restrições começam a aumentar para quem visita esta cidade. Os navios de cruzeiro deixaram de atracar no centro histórico, é proibido comer ou sentar na rua (pelo menos ao pé dos principais monumento e praças) e os comerciantes locais abriram guerra contra a bijuteria estrangeira vendida na cidade.
Mas ao contrário daquilo que se ouve dizer, Veneza não é uma cidade suja, tão pouco cheira mal (pelo menos quando lá estivemos). Mesmo a transbordar de turistas vale a pena visitar esta cidade, basta abstrairmo-nos disso.
Chegámos de comboio, e mesmo em frente à estação de Santa Luzia, do outro lado do Grande Canal, vislumbramos a cúpula da igreja de San Simeone Piccolo. Atravessamos a Ponte dos Descalços e começamos a andar em direcção ao Sul penetrando no aglomerado de ilhas e casas, atravessando os muitos canais que vão sendo percorridos por gôndolas.
Entre tantas pontes, a ponte de Rialto é uma das mais antigas e famosas. Atravessa o Grande Canal e foi durante muito tempo a única ligação entre as duas margens desta via fluvial. Ao atravessar a ponte existem de cada lado pequenas lojas de lembranças.
Numa das margens da ponte encontramos o Mercado de Rialto, numa praça, mesmo em frente à igreja de San Giacomo, ganha mais cor no verão com as frutas e vegetais frescos.
Chegamos à magnífica Praça de São Marcos, apelidada noutros tempos de “O mais belo salão da Europa”. Na sua “cabeceira” a basílica de São Marcos, um dos melhores exemplos de arquitectura bizantina, começada a construir no século IX.
Ao lado da basílica fica o gótico Palácio dos Doges ou Palácio Ducal que em outros tempos servia de sede dos doges de Veneza.
Ainda na praça podemos ver o Campanário de São Marcos, com quase 100 metros de altura, a Antiga Procuradoria, a Ala Napoleónica, a Nova Procuradoria, o Museu Correr e a Biblioteca Marciana, uma das maiores de Itália. Mesmo em frente à praça, do outro lado do canal (Bacino di San Marco) está a basílica e mosteiro de São Jorge Maior construídos em finais do século XVI.
Mas Veneza é mais do que as praças ou basílicas mais famosas. Serpentear as ruas da cidade, saindo dos trajectos normais do turismo revela-se no melhor. O Campo di San Polo por exemplo, antigamente coberto de pasto para o gado e com alguma agricultura, hoje é uma das maiores praças da cidade a seguir à de São Marcos, vale a pena passar por lá.
Não muito longe do Campo San Polo fica a magnífica basílica de Santa Maria Gloriosa dei Frari. Uma igreja muito discreta por fora mas que por dentro impressiona pela sua majestosa imponência e coleção de pinturas e esculturas (infelizmente não se pode fotografar por dentro).
Não é preciso andar muito, logo atrás, está a igreja de São Roque e mesmo ao seu lado o Museu Leonardo da Vinci. Desvie caminho e vá até ao Campo di san Tomá, onde se situa a igreja, do século X, consagrada a São Tomás (o apóstolo) ou até um “beco” cuja única saída é por uma gôndola. É interessante ouvir os gondoleiros falarem entre eles o dialeto veneto!
Veneza é muito mais, é mais do que uma multidão de turistas, é muito mais do que a Praça de São Marcos.
Como chegar
Do aeroporto Marco Polo para Veneza pode utilizar o Aerobus que liga o aeroporto ao terminal de autocarros da Piazzale Roma. A viagem demora entre 20 e 25 minutos.
Se estiver em Mestre, vindo por terra, a melhor forma de chegar a Veneza é de comboio, deixar o carro em Mestre. Assim que chegamos a Veneza, na estação, deparamo-nos no lado esquerdo com a Ponte degli Scalzi (Ponte dos Descalços). O preço é de 1.25€ a partir da estação Mestre-Veneza.
Egito | 2024-08-29
Grécia | 2024-05-03
Grécia | 2024-03-20
Visitar Veneza ou outro lugar, o importante é ir, porque "viajar é ir"...
0 Comentários