Riga é provavelmente uma das mais pequenas capitais europeias. Talvez isso a torne especial, simpática, tranquila e acolhedora.
Visitamos a capital da Letónia em dezembro, em pleno inverno. A cidade estava branca da neve que caíra no dia anterior. Nesta altura os dias são muito pequenos (cerca de 5 horas), há muito frio e por vezes torna-se difícil andar por alguns caminhos com neve. No verão é melhor porque há mais horas de luz e a temperatura mais amena? Para nós não!
É no inverno que se vive o verdadeiro dia-a-dia das terras nórdicas. O mercado de Natal, as tradições gastronómicas, o vinho quente vendido na rua (que nos aquece até a alma), as pessoas que ao final do dia se juntam nos bares para beber um chá quente de frescos frutos silvestres… este é o espírito.
Banhada pelo Báltico e percorrida pelo rio Duina Ocidental, Riga tem um centro histórico, património da UNESCO, pequeno e por isso mesmo percorre-se bem a pé. O símbolo da cidade é a praça do Dome. No inverno é visita obrigatória, principalmente à noite. Aqui se situa a catedral do Dome e é também aqui que se realiza o mercado de Natal que vai desde o dia 26 de novembro até ao dia 8 de dezembro cumprindo assim as tradições ortodoxas (Natal ortodoxo é a 7 de dezembro).
Um pouco mais afastada da praça Livu, a igreja de São Pedro, datada de 1209, impressiona pela altura da sua torre de 123 metros, reconstruída várias vezes depois de ser atingida por relâmpagos. Existe um elevador que permite ver a cidade de Riga do seu alto.
Basta cruzar umas ruas, na praça da Câmara, e estamos na casa das Cabeças Negras, outro ícone da cidade. Construída em 1344, destruída na Segunda Grande Guerra e reconstruída entre 1989 e 2001 albergou, no século XV, a Irmandade das Cabeças Negras, um grupo de comerciantes que tinha como padroeiro São Maximino (que era negro). Hoje este edifício de estilo gótico, serve de sala de espetáculos e museu.
Junto ao rio Duina Ocidental fica o discreto Castelo de Riga, hoje residência oficial do presidente da Letónia.
Afastando-nos do centro histórico, passamos o canal Pilsetas, ladeado por um bonito jardim que nesta altura estava coberto de neve e o tornava ainda mais belo. Passando este canal, chegamos à catedral ortodoxa da Natividade, um bonito exemplar em estilo neobizantino, herança da União Soviética.
No extremo Oeste do canal a torre da Pólvora de Riga, uma pequena torre circular pertencia ao sistema defensivo da cidade, marca a entrada das ruas da zona histórica por Norte.
A presença soviética vê-se um pouco por todo o lado. A Riga Central Market, considerado património da UNESCO é um mercado junto ao canal, fruto do aproveitamento de um antigo hangar de aviões. Na margem do canal Pilsetas, fica próximo do terminal de autocarros e comboios. Aqui encontramos quiosques de comida, um mercado de produtos hortícolas e restaurantes que nos permitem apreciar as comidas típicas. À sexta e sábado à noite é um ponto de encontro das gentes de Riga.
Fora do centro, na outra margem do rio, as construções modernas contrastam com a zona histórica. A Biblioteca Nacional da Letónia é um exemplo disso e não passa despercebida. Ergue-se majestosa em frente ao rio com o seu design contemporâneo.
Visitar Riga durante todo o ano vale a pena, mas no inverno tem um gosto especial!
Capital: Riga
Língua: Letão
Moeda: EUR (Euro)
Fuso hotário: UTC +2
Código telefone: +371
Fronteiras: Estónia , Lituânia, Bielorússia, Rússia
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Visitar Riga ou outro lugar, o importante é ir, porque "viajar é ir"...
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