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2024-05-06  (originalmente publicado a 2024-05-03)

Revisitar a história de Atenas

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Quando se visita Atenas não se conhece apenas uma grande cidade com monumentos e lojas de lembranças, entra-se num museu que nos dá a conhecer uma grande parte da história da humanidade. Caminhar pelas ruas de Atenas é fazer os mesmos caminhos de grandes filósofos, poetas, guerreiros e arquitectos visionários que moldaram o curso da civilização e transformaram esta cidade no principal centro cultural e intelectual do Velho Mundo. É sentir uma das cidades mais antigas do mundo, habitada há mais de 3000 anos.

Durante o período clássico da Grécia Antiga, entre os séculos VI a.C. e IV a.C., Atenas celebrava todos os anos a procissão Panatenaica (fazia parte das festas realizadas em homenagem à deusa grega Atena) que atravessava a via com o mesmo nome. Esta artéria ía da porta de Dipilon, na muralha da cidade, até à Acrópole (culminando no templo de Erecteion ou no Parthenon, dependendo do ano) passando pela Ágora, uma ampla praça rodeada de edifícios públicos, entre eles as Estoas, grandes edifícios onde comerciantes vendiam os seus produtos, artistas expunham as suas obras e pensadores, como Sócrates ou Platão, debatiam ideias. Hoje, na Ágora grega, podemos visitar a Estoa de Átalo, reconstruída no século XX, e à sua frente, numa pequena colina o Templo de Hefesto (Deus do Fogo) [fotografia de capa], considerado o templo grego melhor conservado.

Com a ascensão do poderio marítimo, Atenas transformava-se numa importante potência naval do Mediterrâneo, com uma frota de cerca de 900 barcos, estabelecendo na península de Piréu uma base naval fortificada. Para assegurar o acesso de Atenas a este porto, Péricles construiu uma via muralhada que ligava a base naval diretamente à cidade de Atenas. Atualmente a via muralhada já não existe e do Porto de Piréu já não saem navios de guerra, mas funciona como ponto de partida para as ilhas gregas e é paragem obrigatória dos cruzeiros que percorrem o Mar Egeu.

Península de Piréu, Grécia

Península de Piréu

No início do século I a.C., já no Império Romano, Atenas continuou a crescer graças à vontade de alguns imperadores de Roma, principalmente Adriano qua a visitava várias vezes, e é nessa altura que foi criada a Ágora Romana. Aqui, num dos extremos, pode-se ainda ver a Torre dos Ventos, também conhecida pela Torre do Horológio, pois tem um relógio de água no interior e um relógio de sol no exterior, e o resto do que ficou de uma das entradas da Ágora.

Torre dos Ventos, Atenas

Torre dos Ventos

O Imperador Adriano resolveu acabar as obras do Templo de Zeus Olímpico, que tinha começado a ser construído sete séculos antes, durante o governo grego. Um dos maiores templos gregos, com mais de 4000 metros quadrados, tinha 104 colunas coríntias das quais apenas restam 16 que podem ser visitadas.

Templo de Zeus Olímpico

Templo de Zeus Olímpico

Fora das muralhas, hoje centro da Atenas, foi reconstruído por Heródes Ático, o Estádio Panatenaico – originalmente construído no século IV a.C. para os jogos Panatenaicos (que também faziam parte das festas da deusa Atena) – para receber provas de atletismo. Durante a Idade Média foi desmantelado para aproveitar pedra para outras construções na cidade e finalmente em 1896 voltou a ser reconstruído para receber os primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna.

Estádio Panatenaico, Atenas

Estádio Panatenaico

 

Acrópole, Atenas

Acrópole e Odeon de Heródes (em primeiro plano), Atenas

Logo abaixo da Acrópole pode visitar-se o Odeon de Heródes que em 1950 foi restaurado e desde esse ano é palco do Festival de Atenas (entre maio e outubro).

Mas é na Acrópole (do grego akros, o ponto mais alto e polis, cidade) que fica o expoente máximo de Atenas e da Grécia, a Acrópole de Atenas. Uma obra prima sem igual, mandada construir por Péricles, em 447 a.C., representa o esplendor de Atenas, a primeira democracia do mundo.

Inicialmente uma fortaleza e santuário religioso, destruído pelos persas aquando da invasão de Atenas, foi projectado por Fídeas, totalmente construído em mármore, concentra arte, religião e política num só lugar. Ainda hoje continua a inspirar arquitectos de todo o mundo e isso espelha-se na Assembleia Nacional de França em Paris, a Câmara Municipal de Verona, o Panteão de Roma e até mesmo o logotipo da UNESCO.

Ao lado do Parthenon foi erigido o Erecteion, um centro de culto dos atenienses onde há 2500 anos se planta uma oliveira (ainda hoje é possível ver essa oliveira), a árvore emblemática da cidade, para recordar o mito fundador de Atenas que opôs Poseidon e Atena.

À entrada da Acrópole está a escultura de Nice, ou Atena Nice (ou Nike), a deusa da Vitória. As estátuas desta deusa eram usadas para comemorar as vitórias nas batalhas. Uma das mais famosas é da vitória de Samotrácia que está no Museu do Louvre, destacada no cimo de uma escadaria.

🇬🇷 

Grécia

Capital: Atenas

Língua: Grego

Moeda: EUR (Euro)

Fuso hotário: UTC +2

Código telefone: +30

Fronteiras: Macedónia do Norte, Turquia, Albânia, Bulgária

 

Bertrand

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